segunda-feira, 29 de novembro de 2010



Realidade (Em 18/11/10, às 13:30 hs)


Às vezes canso de minha escrita:

- Rima entediante, prosa incompetente,

Temas aparentemente defasados, estilo decadente.


Terrível golpe na ambição deste infeliz,

Na vida, aprendiz de humano, de poeta,

Nessa vergonhosa expectativa dos créditos do que diz.


“Triste”, sim, é a palavra que ao poeta define:

- Pois, desde quando a tal felicidade foi tema real?

Se alguma satisfação há, é deixar que a tristeza ensine.


“Felicidade” é mera utopia:

- Delírio de ufanista, débil, cego, tolo,

Ideal tão fugidio, que mesmo os mais “inspirados”

Somente alcançam-no por meio de alegorias.


Ah! Com a tristeza não se dá assim:

- Ela, sim, é real, em todos entranhada, de todos conhecida, visceral.

Conceito (como a outra?)? Jamais ! Antes é, no Livro da Existência

Tema, prelúdio, desenvolvimento, posfácio, e fim.


Pelo jeito, ainda hei de muito cansar-me da escrita:

- Fazer o quê se, não falta-me tema mais atual,

Dores, questões, problemas, e vida _gargalho !_,

Pra falar desta, de todos, desdita?

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