Plano de Aula (embrião da aula a ser ministrada aos alunos da Escola Municipal do Salobrinho; em 15/06/2009). Foi tomado como base teórica os 4 conceitos do Plano de Aula" , de Silvio Gallo."
Introdução
A Morte; eis o tema proposto para cativar-nos neste período. Pensá-la, discuti-la , confrontá-la, e aceitá-la... esta é a tarefa de todo o ser, dito humano, que dignifique a sua existência: sim, pois é o poder criador e significador do humano que o distingue, o colocando na condição singular e única de pensar a “vida e a morte”, da perspectiva que lhe parecer relevante e atraente.
É aceitando esse status singular _o de sermos os únicos aptos a pensar sobre o inevitável destino de todos,o do encontro com a morte_ que nos propomos a fazermos dessa aptidão uma experiência que imprima novos valores e significações em nossa existência, passando do meramente determinado e fatalístico, para a percepção do poder transformador, de na vida, dar-se o direito de pensar na morte, à fim de que o olhar se mude, e a prática seja na vida, prazer, aprendizado, sabedoria, afetividades gratuitas...sim tudo de mais filosófico possível, quando se entende que o filosofar sobre é um “pisar o mesmo caminho de todos os dias com outros olhos... um desvelamento do que até outrora fôra natural”.
Filosofar é olhar para o mesmo, e ver um outro. É hora de fitarmos a tão familiar “morte” com um olhar novo; de ressignificação da vida. Sim, pensando a morte para ressignificar a vida, imprimindo sim, valores, conceitos firmes, enchendo as coisas com cargas valorativas que valorizem a experiência “aqui e agora”, e que a torne cheia de significado.
Utilitarismo? Pragmatismo? Jamais! Antes é descobrir a relevância do filosofar pisando no chão da existência: é aqui que as coisas se verificam, legitimam, ou desvanecem.
Pensemos na vida como quem morre, para que não chegue o dia em que todo o acúmulo de “saber” não seja amargo ao paladar de quem ,pra si mesmo, só herdou uma sepultura, e um epitáfio: “...devia ter vivido mais... amado mais...errado mais... ter sido mais feliz”. Felicidade...princípio e finalidade última da vida.
Sensibilização: Audição da música “Epitáfio”, da banda de rock nacional, Titãs. Penso que seja interessante acompanhar a canção lendo a letra, impressa e entregue a cada aluno.
Segue abaixo:
A Morte; eis o tema proposto para cativar-nos neste período. Pensá-la, discuti-la , confrontá-la, e aceitá-la... esta é a tarefa de todo o ser, dito humano, que dignifique a sua existência: sim, pois é o poder criador e significador do humano que o distingue, o colocando na condição singular e única de pensar a “vida e a morte”, da perspectiva que lhe parecer relevante e atraente.
É aceitando esse status singular _o de sermos os únicos aptos a pensar sobre o inevitável destino de todos,o do encontro com a morte_ que nos propomos a fazermos dessa aptidão uma experiência que imprima novos valores e significações em nossa existência, passando do meramente determinado e fatalístico, para a percepção do poder transformador, de na vida, dar-se o direito de pensar na morte, à fim de que o olhar se mude, e a prática seja na vida, prazer, aprendizado, sabedoria, afetividades gratuitas...sim tudo de mais filosófico possível, quando se entende que o filosofar sobre é um “pisar o mesmo caminho de todos os dias com outros olhos... um desvelamento do que até outrora fôra natural”.
Filosofar é olhar para o mesmo, e ver um outro. É hora de fitarmos a tão familiar “morte” com um olhar novo; de ressignificação da vida. Sim, pensando a morte para ressignificar a vida, imprimindo sim, valores, conceitos firmes, enchendo as coisas com cargas valorativas que valorizem a experiência “aqui e agora”, e que a torne cheia de significado.
Utilitarismo? Pragmatismo? Jamais! Antes é descobrir a relevância do filosofar pisando no chão da existência: é aqui que as coisas se verificam, legitimam, ou desvanecem.
Pensemos na vida como quem morre, para que não chegue o dia em que todo o acúmulo de “saber” não seja amargo ao paladar de quem ,pra si mesmo, só herdou uma sepultura, e um epitáfio: “...devia ter vivido mais... amado mais...errado mais... ter sido mais feliz”. Felicidade...princípio e finalidade última da vida.
Sensibilização: Audição da música “Epitáfio”, da banda de rock nacional, Titãs. Penso que seja interessante acompanhar a canção lendo a letra, impressa e entregue a cada aluno.
Segue abaixo:
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração...
Devia ter complicado menos
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
Queria ter aceitadoA vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...
Devia ter complicado menos
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...
O acaso vai me proteger
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Problematização e Investigação:
“O que é a morte? ”... esse é o primeiro problema a se levantar. A proposta é “dissecar” a palavra em suas muitas significações, desde que não escapem para uma metafísica evasiva e escorregadia, tirando assim o propósito da aula: dar à filosofia o status de mediadora do homem em direção à finalidade última da vida _a Felicidade_ e é necessário passar por um pensar sobre o que seja a morte. O modo como vemos a morte, determina o como percebemos a vida.
Nesse instante, “Problematização e Investigação” seriam apresentados (necessariamente) aliados. A morte é um “problema natural do humano”, e logo se fomentaria uma discussão sobre sua aparente antítese: a vida. A investigação se estabeleceria _sempre com orientação do professor_ com abordagens em torno das contribuições advindas de discussões que consideram os diversos aspectos desse assunto: antropológico, científico, bio-ético, religioso, “metafísico”... até chegarmos ao instante que prepararíamos para a abordagem desejada: a Ética. O “pensar a morte” como elemento ressignificador da vida... aprendendo a viver com relevância à partir do aprender a morrer.
Conceituação:
A base teórica seria a “Antologia de Textos de Epicuro”, especificamente o Texto I (A Filosofia e o sua finalidade), e o Texto IV (A Ética).
Texto escrito de forma simples, aforismático ,em muitos aspectos muito parecido com um livro de provérbios, o que tornaria praticável a leitura paralela à discussão e conceituação, haja visto que são textos de compreensão simples , e isto por serem escritos à fim de tornarem-se para a própria vida.
Selecionar os “aforismos” em que o “conceito” de morte apareça com bastante carga valorativa, haja visto que essa é a intenção do Epicuro: pôr limites no “pensar a vida” (a morte como último instante...sem deuses e além-mundos) para que, ao pensar o limite da vida e o seu fim, o caminhar no hoje seja carregado de novo siginificado.
A Ética epicurista nasce desse pensar, que revaloriza as coisas já deixadas de lado na metrópole grega (o que em muito nos assemelha) à partir da certeza premente da morte.
A finalidade da vida é a felicidade, atingi-la sem pensar a morte em seus termos radicais é impossível; a filosofia é a mediadora desse processo, remédio e instrumento na busca da finalidade última da vida. Ser feliz é a busca final, e isso torna o nosso agir no “durante” um tanto diferente. Epicuro ressignifica o poder e o valor da Amizade, do Amor, do prazer... mostrando uma Ética de caráter humanista, baseada no homem e em sua satisfação: saudável, amigável, isenta de paixões arrebatadoras e enlouquecedoras.
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